terça-feira, 1 de julho de 2008

Prazer


Andar sozinha tem seus prazeres, este é um deles: um bom capuccino sob um vento de primavera num fim de tarde em Berlim. Esse ficará guardado para sempre, sobretudo pelo que me aconteceu neste minuto. Na Alemanha é comum pegarmos uma "carona" da capital para outras cidades. No caso iria à Jena, uma cidade universitária que o meu amigo desde o segundo grau mora. Teria que falar ao telefone com uma alemã sobre o lugar que ela me pegaria para irmos juntas à tal cidade. Ela falava tudo, menos inglês e português. Então ao telefone ainda, respirei fundo e pedi uns vinte minutos de pausa para eu tomar um café para depois pensar em como iríamos nos entender. Pois bem, a primeira cafeteria que eu vi, sentei. Lugar agradabilíssimo por sinal. O garçom veio, cumprimentou e uma vez que viu em minha blusa o nome Itália curiosamente (lá não é costume falar o desnecessário com as pessoas)perguntou: "Itália?". Eu: Não! Brasil! E ele: Ohhhh, eu sou bahiano! E nesse segundo mesmo gritei: Deus existe! Viva o Pelourinho! e rimos... o Garçom bahiano, primeira pessoa que conversei em Berlim, me orientou sobre o que dizer para minha "carona alemã" e fiquei, ali mesma, a escrever e a pensar sobre quem me dera se todas as vezes que eu estivesse aflita eu sentasse para tomar um café por aí... As soluções muitas vezes são mais simples do que esperamos.

Um comentário:

  1. Caramba... é nessas horas que a gente começa a duvidar do acaso!

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