quinta-feira, 24 de julho de 2008

Amor banal e amor essencial

Admiro os poetas que falam sobre o amor. Eu não sei falar. É que o que sempre achei que fosse esse sentimento parece ser equivocado perto do que é fora de mim. Pra ser mais simples, o que todos falam que é amor eu não entendo.

Todos os dias vejo por aí o "eu te amo" nos sites de relacionamento, nas mensagens instantâneas e nas frases sacadas do nada por pessoas que já estiveram comigo. A impressão que tenho é que de três, uma: 1. Ou o significante AMOR é como a imagem que fazemos de uma árvore - e nesse sentido ela pode ser robusta, grande, pequena, seca, florida, etc - e portanto, particular de cada um; 2. Ou o Amor que eu acho que é amor não é amor e eu não sei nada sobre isso; 3. Ou o amor que sempre ouvi falar é um termo descompromissado e dito sem pensar.

Chega a dar aflição a falta de comprometimento com as palavras, porque foram elas que escolhi para serem o objeto do meu estudo profissional. Detesto a fala por falar e as palavras pra serem soltas ao vento sem o mínimo de implicação. E detesto mais ainda os que se omitem de falá-las por acharem que dessa maneira, estão comprometidos com as "verdades". O melhor "não falar nada", é pior do que "falar tudo" sem compromisso.

Organizemos as idéias, tem outro detalhe. Hoje o amor aparece pra mim da seguinte maneira: a pessoa te ama 100 por cento já de cara, e vamos desgastando esse percentual com o tempo. Devia ser o contrário, meu deus. Preferia que eu tivesse zero por cento e se um dia eu chegasse aos 80 já seria lucro.

Estou com antipatia dos que me amam rapidamente. Amam nada! Meu sentimento não tem valor de troca. Parem de me amar do nada, por favor... Deixem eu saber o que é isso de verdade. Imploro!

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