terça-feira, 29 de julho de 2008

Leitora fiel de tua história

Tenho um grande amigo do outro lado do oceano. Desses que quando tudo parece desmoronar te abraça e diz: vou lhe fazer um jantar, ouça esta música!

Nesses últimos meses acompanho sua dor proveniente de uma triste separação. Quando o ouço e leio o que escreve, meu desejo é de arrancar-lhe com as mãos todo esse sofrimento que têm lhe proporcionado constantes lutas diárias. Nunca consegui arrancar minhas próprias dores com as mãos, mas arrancaria as dele primeiro, se pudesse.

Estou muito cansada de todas essas histórias que não dão certo, apesar do desenvolvimento que todas elas trazem a cada um de nós que se arrisca. É que quem não se envolve, não se des-envolve, e para isso é preciso ter coragem. Mas cansa ...

Não é possível uma caixa preta para nossas memórias indesejáveis, meu querido amigo. Mas tem que ser possível uma resignificação de todas elas, uma saudade boa do que passou e o esquecimento do que feriu. A batalha é diária sim, num primeiro momento. Depois - de dias, meses ou anos - passa. Aí é hora de arriscar de novo, ou não...

Queria estar forte o suficiente para lhe dizer as melhores palavras. No momento, ofereço meu abraço separado por muita água e grande vontade de vê-lo bem. Também sou leitora fiel de tua história e espero ansiosamente a proximidade de dias melhores e de paz. Totalmente merecido...

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