sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Pausa

Pausa da minha escrita.
Quero dias diferentes por enquanto.

2000 Inove

Gostei da propaganda de um banco com esse slogan: 2000 Inove. Convite bom para o ano que se aproxima. Graças a Deus, o fim desse. Ou acabo com 2008 ou ele acaba comigo. Mas dizem que quando tá muito ruim é porque tá perto de ficar bom. Ouvi falar que 2008 foi ano "zero". Ano de renovação e de limite do que era e do que será. O próximo é ano "um" das coisas iniciadas e renovadas. Mas sabe de uma coisa? Sou grata aos furacões, que se fizeram um a um , nesses 360 dias passados. Ensinaram mais que todos os meus anos de estudo...

Inovar então, é a proposta. Viver também.

2009 é o meu.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Salão de Beleza

Hoje um casal de amigos vai se casar. Madrinha, fui arrumar os cabelos. É muito raro eu ir ao salão de belezas, mas quando vou é sempre o mesmo desde o tempo que precisava fazer coque para dançar ballet na escolinha. O cabelereiro, uma figuraça, me arrumou para a formatura de prezinho, oitava série, segundo grau e Faculdade. Também em todas as vezes que fui dama de honra de alguém ou madrinha de casamento. Adoro escutar histórias que ele conta de mim por lá. Sempre as mesmas e muito engraçadas.

Hoje revivi duas só de entrar no salão. Uma, que aos seis anos ele fez um escândalo por confundir uma pinta que tenho na cabeça com um piolho grande. Pequena, tive que acalmar os ataques da bicha; A segunda foi na minha formatura de Psicologia, que ao fazer o penteado encontrou um parafuso solto nos meus cabelos. O troço havia caído do secador e ele começou a gritar pelo salão: Gente! Gente! A Psicóloga tá perdendo os parafusos da cabeça! Sei lá se esse parafuso era mesmo do secador...

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Flores azuis


Encontrei essas flores. Lindas e incomuns.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Minutos

Dormi com o desejo de que ao acordar hoje tudo seria diferente. No entanto, acordei desperta por um sonho que misturava saudade e dor. Da mesma forma que a felicidade traz momentos de muita alegria, há um sentimento que traz segundos insuportáveis que podem virar minutos, horas ou dias. Tudo estava igual , acrescentado de resquícios do sonho-pesadelo, mas há realmente uma diferença. João Pedro estava aqui e o abracei forte até dormir em meus braços. E o que podia durar horas, durou minutos apenas.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Eu e ela frente a frente

Queria vê-la de toda forma. O resto não importava, porque o desejo de encontrá-la causava-me excitação das idéias. Esperei tanto por isso e fui calma ao seu encontro. Não era qualquer mulher, era ela. Como estaria? Sorrindo na certa. Ela sempre sorri, como eu.

Quando cheguei, não acreditei. Sua casa na França é um dos lugares mais interessantes que já vi. Imensa, com vitrais piramidais. Passei direto em tudo que eu via e fui como uma bala em sua direção. Estava lá. Parada, rodeada de gente. Assustei com o tamanho dela, decepcionei-me um pouco. Mas ela olhou pra mim e eu pra ela. Monalisa. Gioconda de Leonardo, meu artista favorito, acima de Dali. Ela olhava pra mim onde quer que eu estivesse. Perfeição dele...

No entanto, vinte segundos me bastaram. Virei e de frente à ela uma obra maior. Linda, exuberante. Bodas de Canã! Figuras humanas em tamanho real. Monalisa era irreal no tamanho. Dei costas a ela. Vi com os meus olhos o seu sorriso meio irônico, cínico talvez. Dei costas para suas rugas e sua acomodação típica de quem tem na barriga o rei. Em frente às Bodas, fiquei quase uma hora inteira. Cada detalhe levaria muito mais horas para decifrá-lo todo. Senti uma dorzinha na coluna e sentei. Mas tive que voltar lá. E quero voltar até hoje.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Esperança

Impressionante como temos coisas dentro de nós que, se um dia desconhecidas, brotam em nossos dias, mostrando-nos o que somos, passo a passo, hora a hora.
É o divino da existência nos descobrir. Des cobrir o que em uma época tenra, distante ou próxima, o que alguém nos fez cobrir , sentir vergonha. Alguém desvalidou o que poderia ser bonito, sincero, autêntico. Descobrir é um processo que como tal, necessita de tempo, de riscos, de silencio e lentidão. Por erro, ou simplesmente tentativa, pois o mesmo que não valida, enxerga erro nas descobertas mais especiais.
Vem à memória alguém que está aprendendo a caminhar. Não tem coisa mais bonita que ver alguém aprender a caminhar. Por mais que um outro ensine, que pegue na mão, é uma conquista solitária e de muita determinação. E cai. Como cai... e talvez chore a queda mas a vontade de ficar de pé, seguir, é a grande motivadora do processo. Quem já viu a cena não esquece. O aprendiz olha pra baixo, calcula em segundos o passo seguinte, as vezes nem calcula, vai por instinto! E tem um momento que olha pro Outro como se perguntasse: Eu consigo? E sozinho, precisa, nessa fração de tempo ,de um olhar que seja desse Outro enorme que vá dizer: Tente!
E tamanha grandeza há na tentativa de dar passos a frente. Caindo, levantando, seguindo caminho inverso às vezes, andando pra trás e ,ainda assim, a possibilidade de seguir e conseguir.
Há os que não tentam nunca. Os que não suportam outra tentativa fracassada. Fracasso é não seguir. Estagnar, desistir. Por vezes o caminho consiste em recolher-se sim, mas de uma forma que possa entrar em contato com o que lá dentro te faça ter ânsia em planejar, querer, desejar novamente uma outra tentativa. É espera ânsia. Esperança. Demasiadamente des coberta do que nos jogaram sem perguntar se queríamos. Necessário claro. Não se pode negar sempre.

Mulher


Ser mulher é adentrar o mistério do dueto perfeito-complexo. A capacidade de gerir a vida é o que justifica a primeira parte. A segunda, todos conhecemos bem. É que algo nos falta por natureza e pra sempre haverá a insatisfação dessa falta que nunca é preenchida. É estrutural e constituinte da nossa personalidade feminina. Pelo mesmo motivo, queremos tanto! É que onde há falta é que nasce o desejo e se tudo foi tamponado, não há como desejar. Por tanto e tamanho mistério, somos às vezes incompreendidas...

É fato que não se muda a natureza, mas quando há disponibilidade de nos conhecermos melhor, os efeitos dela são minimizados frente ao que descobrimos. É fascinante e vale a pena.

Chuva de Natal


João Pedro confunde a chuva com a árvore de natal. Mas água não brilha! Quem disse que não? Aos olhos puros, coisas simples podem ser piscas-piscas de luz.

I Hope peace!

Há tempo que quero escrever sobre Barack Obama, o novo presidente dos Estados Unidos.

Queria dizer que a sua vitória não trata apenas de uma possibilidade de nova política americana, nem do fato de ser o primeiro negro no comando da mais poderosa nação. A vitória de Obama significa uma nova dinâmica social. O fim de cotas para negros, porque é o fim das possibilidades intelectuais sobre a cor da pele.

Não é um presidente que se faz vítima social. É um lutador, que foi atrás dos estudos, que procurou ser melhor e contribuir com a sociedade em mais de dez países em que morou com sua mãe, uma antropóloga que o ensinou a respeitar diferenças e fazer diplomacia.

As responsabilidades e expectativas que Barack Obama carrega, não encontram paralelo na história recente. Foi uma vida inteira de convivência com os problemas sociais e questões multiétnicas.

Sei que há uma esperança com isso, ainda que estejamos calejados. Ele já indicou para o seu governo Steven Chu para secretário de Energia. Uma pessoa que ganhou o nobel de física em 1997 e que é chefe do laboratório considerado líder mundial de pesquisas de fontes limpas de energia. (esqueci o nome do laboratório)

Ótimo começo não só para os EUA, mas para o mundo.

Torço para o poder não lhe subir à cabeça e para que os ensinamentos de sua mãe façam predominar suas ações éticas. Ela queria adotar uma criança refugiada antes de morrer. Ele pode adotar nações inteiras, se quiser.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Se avexe não

"Se avexe não
Amanhã pode acontecer tudo
Inclusive nada
Se avexe não
A lagarta rasteja até o dia
Em que cria asas
Se avexe não
Que a burrinha da felicidade
Nunca se atrasa
Se avexe não
Amanhã ela pára na porta
Da sua casa
Se avexe não
Toda caminhada começa
No primeiro passo
A natureza não tem pressa
Segue seu compasso
Inexorávelmente chega lá
Se avexe não
Observe quem vai subindo a ladeira
Seja princesa ou seja lavadeira
Pra ir mais alto vai ter que suar A natureza das coisas"

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Fronteira



O limite entre razão e loucura há muito é motivo de indagação humana. Parece, às vezes, que essa fronteira é um traço tênue, frágil, que pode se romper com um sopro.

Fronteira fala disto. É um filme nacional, mineiro e com gente mineira na atuação. O filme não vende pela nudez banalizada e nem por ser tema da moda. Vende por poesia e reflexão acerca das próprias fronteiras de cada um de nós. " A verdade está ali, bem atrás daquela porta." Quem quer encontrá-la?

O Fronteira está no Belas Artes, em Belo Horizonte.

Relato

Ela ligou. Trêmula na voz, acelerada em sua aflição. De tempos em tempos fazia reflexão sobre sua vida e compartilhava. "Está tudo errado", ela disse. "Minha vida até aqui foi toda errada". Questionei silenciosamente o que tanto afligia, ao mesmo tempo em que tudo parecia mostrar um direcionamento tranquilo de sensatez. Falava sobre os casais: felizes, bonitos e iguais. Monótonos, cúmplices de uma falta de verdade coletiva, de segredos mudos e claros. Olhou para um lado, flash. Para o outro solidão. Minutos de lábios se movimentando sem que se ouvisse um som apenas, um mísero. Nem da voz que irritava, nem da promessa desfeita."As vezes penso que não sou daqui", continuou. E após o relato, escutava o coração dela como se pudesse mergulhar no mais profundo silêncio marinho. Só o coração dela, que ora forte gritava socorro e ora fraco pedia paz. "Dirigi a volta sem saber como". Viu-se perdida num caminho conhecido, passou todos os sinais, todos os radares. Ninguém para rastrear. Ninguém para dizer: vá ou páre. Está tudo errado sim, concordei. Até aqui viveu para os outros e os outros viveram por si. Mas de tempos em tempos, parece abrir um portal de claridez. Claridez não existe, é palavra inventada para dizer de um momento único, raro de lucidez. Antes tarde do que nunca, ressaltei. A vida pede sentido, assim como pede pausa. Não há sentido algum no que houve hoje. Não há descrição para o limite ultrapassado, escancarado, banalizado. É de intensidade que a pulsão precisa, mas não é de intensas experiências amontoadas e vazias de falta de amor próprio. Tudo até aqui, não fez sentido algum. Hora de mudar.

Agente se acostuma

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Verdade



O que escrevo não é a verdade. É a minha verdade.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Lógica

Descobri há pouco tempo esse joguinho milenar. Forma de distrair, de ganhar (ou perder) tempo. É um jogo de lógica. Mania minha de querer achar lógica em tudo...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Olhar

Janela da alma, porta do desconhecido de nós. É pelo olhar que se faz o mundo, que o julga e escolhe. Às vezes não consigo olhar. Medo que enxerguem minhas fraquezas e o que me assusta. Às vezes não consigo ser olhada também. Incomoda, desconcerta, dói. O Olhar do Outro, de certa forma, nos devora. Consome algo de nós porque leva consigo a imagem que deteve. Olhar não é enxergar nem ver. É além, estranhamento de uma revolução interna que contorce os dogmas que absorvemos toda uma vida. Quando se dispõe a olhar, as coisas mudam, o foco retrai, distende, amplia e se fecha. E se abre também. E mortifica e faz reviver. Depende do que se quer ver.

Barcelona, eu quero.

Companheiras



Minhas botas são companhia frequente. Já pisaram a beira do rio Jequitinhonha, o Pico da Ibituruna, o Louvre, o mar de Veneza, a Inglaterra, a festa de 15 anos da minha prima, o Palácio das Artes e o boteco da esquina. Foi um amigo japonês que me ajudou a escolhê-las e hoje sinto muito a falta da amizade dele e das conversas estranhas sobre circuitos elétricos, relativismo cultural e mudanças compulsórias. Sinto falta imensa de sair por aí pilotando um carro esquisito no mato, de afundar na lama e de dar gargalhadas seguidas de palavrões. Enfim, que aliás é vício de linguagem dele, "existem mais coisas sobre o céu e a terra do que nossa vã filosofia" sobre as coisas. De tudo fica um pouco, de todo pouco se faz um muito e continuamos por aí. Firmes e fortes como as minhas botas que nunca se acabam.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Luta contra AIDS



Hoje é dia mundial da luta contra AIDS. Síndrome de imunodeficiência adquirida que é considerada o mal do nosso século. O dia de luta contra essa doença é todo dia, uma vez que 1400 pessoas são contaminadas por dia no mundo todo. ( No Brasil 30 pessoas por dia!)

A prevenção é o melhor remédio contra a AIDS. E o preconceito, seu pior inimigo...