sábado, 28 de junho de 2008

Calendário

Sempre achei incrível a forma que os povos fizeram seus calendários. O nosso, nos faz planejar nova vida a cada ano, reforçados por promessas na virada. E as semanas? Você chega realmente a acreditar que no sábado está menos cansado que na segunda, ainda que os dias sejam acumulativos. Semana nova, fim de semana, ano novo e virada de século são criações para que os dias não sejam um tormento infinito, sem pausa e recomeço. Os recomeços são necessários à motivação da vida.
O que sempre odiei nos calendários são os dias de. Dias marcados por alguma coisa boa ou ruim que de tempos em tempos são lembrados às vezes com a mesma dor da data anterior. Ótimo comemorar o dia do nascimento de alguém, mas e se esse alguém já se foi? Muito bom comemorar o dia do primeiro beijo, mas e se esse beijo já não acontece mais? Os dias D, continuam a me irritar mais ainda quando são associados ao poder de compra que eles podem ter.
Espero não ligar para isso em breve. Espero matar o calendário por algum tempo.
Deixar os dias passarem sem o compromisso com as datas guardadas na lembrança. Para todo lado que eu viro, dói lembrar. Dói as costas e deve ser o peso das lembranças que não vão embora tão rápido quanto as horas do dia.
Ainda bem que o hoje acaba daqui a pouco. Amanhã é outro dia.

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