quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Companheiras



Minhas botas são companhia frequente. Já pisaram a beira do rio Jequitinhonha, o Pico da Ibituruna, o Louvre, o mar de Veneza, a Inglaterra, a festa de 15 anos da minha prima, o Palácio das Artes e o boteco da esquina. Foi um amigo japonês que me ajudou a escolhê-las e hoje sinto muito a falta da amizade dele e das conversas estranhas sobre circuitos elétricos, relativismo cultural e mudanças compulsórias. Sinto falta imensa de sair por aí pilotando um carro esquisito no mato, de afundar na lama e de dar gargalhadas seguidas de palavrões. Enfim, que aliás é vício de linguagem dele, "existem mais coisas sobre o céu e a terra do que nossa vã filosofia" sobre as coisas. De tudo fica um pouco, de todo pouco se faz um muito e continuamos por aí. Firmes e fortes como as minhas botas que nunca se acabam.

Um comentário:

  1. Realmente as botas são as melhores!!! Companheiras até o fim!!! A Botinha então, nem se fale!!! rsrsrs...
    Amo vc, Re! Beijo grande, cheio de saudade!

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